terça-feira, 2 de setembro de 2008

Novas mídias são adequadas para mensuração


* Rodrigo Cogo

O sócio-diretor de Marketing e Comercial da WebTraffic, Lucas Nunes, comenta que a internet nasceu sob esta ênfase da mensuração total e da possibilidade de revisão imediata de canais e conteúdos, e com isso foram buscados parâmetros de avaliação de resultados na forma de vendas, de contatos, de visitantes únicos, de cliques, de downloads e de páginas vistas, para embasar as decisões, tanto sobre materiais de portais quanto de newsletter por email. São monitoradas seções internas, banners, formulários de contato, sessões de chat, emails recebidos – cada um com análises diferentes. Para email, pode ser obtida a taxa de abertura e de clique, e a partir disto qual a atitude tomada, num tracking preciso de todo o processo. Ele acha básico atualmente investir em links patrocinados e em email-marketing. “Mas sempre é importante trabalhar um mix variado para impactar o usuário em diversos ambientes, ao menos até saber qual deles é mais efetivo para seu modelo de negócio”, explica.

Como impasses da área, Nunes aponta a falta de padrões de formatos de veiculação e cobrança por espaço, além da inexistência de estrutura publicitária em muitos portais, a presença de grandes players que dominam o mercado e impõem tabelas e regras, a dificuldade da integração on e offline, e os desafios e dúvidas frente ao comportamento comercial aceitável em redes sociais, tanto pelos criadores quanto pelos empresários contratantes. Todavia, como cita o gerente de Análise de Mercado do IBOPE-NetRatings, Alexandre Magalhães, há em torno de quatro milhões de pessoas com acesso à internet no Brasil, predominantemente a partir de suas residências, através de computadores com uma média de 25 horas por mês de uso por pessoa. É um potencial que não pode ser desprezado, ainda que ele aponte uma diminuição na lealdade dos internautas, porque há uma pulverização de canais e uma facilidade de emissão de opiniões, desviando a atenção. “Com o impacto da digitalização, a empresa deixa de ser dona da própria marca, na rede tudo é mutável”, destaca Magalhães.

Entre as tendências no setor, são listadas a recriação da escrita e da conversa oral mostrando que “a língua é um ser vivo”, com muitas abreviaturas, siglas e gírias metafóricas; o atrelamento do sucesso de uma marca a alguns elementos como medo, fantasia, humor e amor; a necessidade dos jovens de fazer parte de grupos; a perda da influência dos pais, das autoridades e da mídia oficial; a virtualidade do mundo como “avatares” e uso sistemático de aparelhos de intermediação de contato; a interatividade do mundo, tornando tudo mais imediato; e ainda a convergência de mídias. Para René de Paula Jr., da Microsoft, o consumidor online parece gravitar em torno de uma consciência infantil, que só atinge o presente do tempo e não processa o passado e o futuro, e assim acaba sendo imediatista, impaciente e até superficial. Também participou do debate a diretora de Mobile do Yahoo Brasil, Melissa Brandão.

* Texto especial para o Oras Blog! com cobertura do RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674 -
Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas

Um comentário:

rene disse...

foi um prazer participar! contem comigo sempre :)