quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Novo Marketing é Relações Públicas





* Rodrigo Cogo

Quando se começa a ler os conceitos fundamentais da área de relações públicas, uma das habilitações dentro do universo acadêmico da Comunicação Social, é possível deparar-se com todas as previsões de futuristas e especialistas de mídias sociais. O lado social das marcas, os novos modelos de interação, a co-criação e a co-produção e outras variantes colaborativas estão no escopo de RP. Isto ficou ainda mais claro com palestra do norte-americano Brian Solis na quarta edição do Digital Age 2.0, realizado nos dias 18 e 19 de agosto de 2010 no Sheraton WTC Hotel em São Paulo/SP, ainda mais quando ele começa dizendo: “há uma nova métrica no marketing, chamada engajamento, a obtenção do envolvimento das pessoas”. Para ele, “não é o que você diz que conta, mas é a experiência que as pessoas contam que interessa”.

Presidente da FutureWorks, Solis é especialista em convergência de PR, Mídia e Social Media. É também colunista dos blogs TechCrunch e Mashable e autor do livro Engage!, que trata sobre mídia social e o trabalho de Relações Públicas das empresas. Além disso, é cofundador do Social Media Club e membro do Media 2.0 Workgroup, além de manter o blog. “O desafio das agências de relações públicas não é diferente do desafio de todas as agências de comunicação, incluindo marcas, publicidade e marketing. O futuro está na capacidade de reconhecer e priorizar os canais de maior importância, aliada à aptidão para conectar os principais pontos entre as marcas, os consumidores e os indivíduos que influenciam as tendências e a tomada de decisões”, disse Solis em entrevista ao IDG!Now. Segundo ele, uma boa dica para as empresas que querem interagir com os consumidores nas redes sociais é concentrar esforços e recursos em redes de relevância, ou seja, aquelas em que sua presença realmente contribui com a comunidade. E ainda aconselha que os valores, finalidade e responsabilidade social, por exemplo, sejam trabalhados dentro e fora das redes sociais, inspirando atividades online e offline.

Na visão do especialista, as relações entre marcas e pessoas não criavam conexões como agora as redes permitem. O que ele chama de “last mille" é a tendência à socialização do negócio, com a consolidação de um outro “p” no famoso composto de marketing: as pessoas. Mas seria muito mais que conversação, e sim confiança. As Ciências Sociais estão na base da compreensão destas questões, porque tudo parte do indivíduo e dele em interação, construindo experienciações. “Mídias sociais é mais sobre Sociologia e Psicologia do que tecnologia”, arremata. Se hoje as pessoas são definidas por suas conexões, é bom lembrar que elas mudam de acordo com o tema, o que torna o cenário complexo. O conteúdo, assim, deixa de ser o rei para dar lugar ao contexto. Solis entende que o mapeamento de influência é uma parte fundamental do trabalho com marcas, e isto não significa ir atrás da popularidade, mas sim na capacidade de inspirar e encadear uma determinada opinião junto a vários interlocutores. É uma relação de compartilhamento e de desenvolvimento de capital social.

O marketing das redes sociais maneja com conceitos como influência, interação, ideação e inteligência, com a complexidade de ter uma nova dinâmica de comunicação onde os papéis dos interagentes altera-se e a relevância é algo a ser conquistado todo dia. Pior ainda que diversas pessoas (na ordem de 70% dos atuantes em redes) nunca interagem, apesar de manterem perfis nos canais, e assim fica mais difícil saber com quem se está tratando de fato. Ele recriou a sigla CEO, agora significando Chief Editor Office, em que o presidente passaria a ser um grande orquestrador de conteúdo e de contextos, envolvendo as pessoas certas e instaurando uma rede contextual de efetivos influenciadores. A partir daí, pode haver uma reação, sobremaneira porque as redes sociais envolvem um alto grau de emoção, com liberação de substâncias no corpo humano semelhantes ao que acontece na relação mãe e filho ou dono e animal de estimação. Empatia é chave na rede social, diz o palestrante, e só o merecimento durável de status faz diferença.

Há alguns indicadores sugeridos pelo consultor para monitorar a capacidade de ressonância de uma narrativa de marca e de consolidação da capilaridade e da influência: relevância, resiliência e significância. Mais do que repetição de algo em determinado canal e espaço de tempo limitado, a lógica das redes sociais envolve uma persistência maior e uma multipresença com postura de conversar um a um sempre que necessário. “Este é o momento de definir quem você é, qual seu capital social e como você inspira. É você que define a sua experiência e a sua influência e faz ou não diferença no mundo”, sentenciou Solis.

Na sequência da maratona de atividades do evento, organizado pela Now!Digital Business com o instigante tema “Ideias para um mundo em transformação”, não foi diferente: diversos profissionais brasileiros e estrangeiros parecem apostar cada vez mais em relacionamentos dialogados a longo prazo do que em seduções informativas passageiras. Basicamente, a indicação é que estratégias de comunicação utilizem as redes de relacionamento na web para obter o melhor resultado no gerenciamento das marcas. Pelo que se viu, a tentativa é derrubar os últimos paradigmas do velho mundo analógico da publicidade e do marketing e colocar em discussão o presente e o futuro da comunicação, considerando como cenário definitivo uma realidade totalmente conectada. Palestras de Clara Shih, autora do livro "The Facebook Era" e fundadora/CEO da Hearsay Labs, especializada em soluções de gestão e métricas corporativas em redes sociais; Andrea Harrison, vice-presidente da Razorfish, responsável pela divisão de Social Influence Marketing e especialista em inteligência competitiva sobre mídias sociais e mercados verticais; e Shiv Singh, diretor de marketing digital da Pepsico North America e autor do livro “Social Media for Dummies”, vão ser tratadas em textos complementares.

* Texto do RP Rodrigo Cogo ­ - Conrerp SP/PR 3674 -Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fórum A Bordo da diversidade estratégica nas organizações

Na próxima quinta-feira, 19/08, a equipe do blog A Bordo da Comunicação realiza seu segundo Fórum com o tema: "A Bordo da diversidade estratégica nas organizações".

Programação :
  • 14h30 Welcome Coffee.
  • 15h00 Início das palestras:
  • Maria Aparecida Ferrari: Cultura, Comunicação e diversidade: elementos intrínsecos.
  • Gládis Henne Eboli: Grupos de Ativismo e as estratégias de comunicação das organizações.
  • Marta Dourado: Comunicação e gênero.
  • Cleber Neumann: Diversidade Cultura na IBM
  • 17h00 Mesa-redonda para perguntas e debate com os palestrantes
  • 17h30 Sorteios
Serviço:
A Bordo da diversidade estratégica nas organizações
Data: 19 de Agosto de 2010
Horário: 14h30 às 18h
Local: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP – Liberdade – São Paulo/SP. Av. Liberdade, 532 – Liberdade – CEP 01502-001 – São Paulo/SP
Evento grátis, com emissão de certificado. Inscreva-se aqui.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Curso de Prospecção em Propaganda

Sempre achei que deveria ter um curso desses e agora fico sabendo que a A APP , Associação dos Profissionais de Propaganda, promove a terceira edição do Curso de Prospecção de Contas e de Novos Negócios.

O curso será em São Paulo, entre os dias 24 e 26 de agosto, das 19h30 às 22h, no auditório da APP, na capital paulista, com o tema: "Como desenvolver uma carteira de clientes”

Ministram o curso:

  • Mauro Sato, 28 anos de experiência no meio publicitário, que tem no currículo passagem pelas agências Ogilvy&Mather, Young&Rubicam, Leo Burnett, Talent e McCann;
  • Reginaldo Andrade, Diretor de Projetos Especiais da Editora Globo, professor de Planejamento de Comunicação e Mídia na FAAP e também acumula 20 anos de atuação na área de atendimento de empresas como Editora Abril, Editora Azul, TV Gazeta, RaeMP Comunicação entre outras.

Serviço:
Curso de Prospecção de Contas e de Novos Negócios: Como desenvolver uma carteira de clientes
Data: 24, 25 e 26 de agosto – 3 encontros, com total de 7 horas de curso
Hora: das 19h30 às 22h
Local: Auditório da APP - Rua Hungria, 664 – 12º andar
Adesão: R$ 450,00 (sócios) | R$ 750,00 (não sócios) – em até 3 parcelas
Informações: appbrasil@appbrasil.org.br ou pelo telefone: (11) 3813-0188

* Dica de release Casa do Bom Conteúdo

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Inovação por Guy Kawasaki

Peguei de última hora o link para o evento que a LG estava transmitindo pelo Facebook. Foi o lançamento da ação Life’s Good Lab, plataforma interativa, desenvolvida pela Y&R e pela Energy. O projeto foi elaborado para ser um fórum de idéias e envolve temas que vão do luxo à evolução do bem-estar e passa por conteúdos relativos a educação e trabalho.

Infelizmente entrei nas palavras finais do Walter Longo, mas o que ouvi foi suficiente para acreditar que disse muita coisa relevante. Para Walter Longo, a palavra chave desta época que vivemos é: completar. Nossas ações devem fazer diferença no mundo em que vivemos. Longo disse que ainda que devemos entrar no mundo tecnológico apaixonados, envolvido... nossa alma deve ser digital. E sentencia: “São as pessoas do “por que, não”? que farão a diferença. Os “rebeldes” é que fazem a inovação. “

Antes da palestra master do dia, o apresentador chamou as profissionais da Oficina de Estilo para falar sobre o novo luxo. Em conceitos simples elas disseram que o novo luxo é vida com mais tempo, cuidar do corpo, viver com inteligência.

Em seguida veio a palestra do Guy Kawasaki, consultor americano para Inovação. Confesso que ainda não tinha ouvido nenhuma palestra dele. Ele fala sobre conceitos básicos que devem liderar em inovação:
1- Faça sentido
As grandes inovações são feitas por pessoas que querem fazer algo com significado.Antes de pensar em dinheiro, os inovadores pensam em algo para melhorar o mundo em que vivem.

2- Crie um mantra
Nada de slogans grandes, missões e valores no quadro. Faça slogans com três letra que indiquem ações reais. Um exemplo que ele deu: Nike – Just do it!

3- Vire na próxima curva
Tire seu negócio da linha linear em que está, pense em como pode torná-lo diferente. Pense no seu consumidor e não no seu produto.

4- Erre
Não tenha medo de falhar, falhar faz parte do aprimoramento do seu produto.

5- Deixe que o produto cresça
Nem sempre o mercado recebe seu produto da maneira com que ele foi planejado. Deixe que o mercado conduza seu crescimento.

6- Polarize as pessoas
As pessas pertencem a dois pólos: amam ou odeiam. Seu produto não vai agradar a todos. Respeite a polarização do consumidor.

7- Inove
É preciso criar algo único e com valor.

8- 10-20-30
Uma apresentação deve ter no máximo 10 slides, o apresentador falar vinte minutos e as letras devem ter tamanho 30 . Menos informação na tela e mais na fala.

9- Não ouça os chatos/idiotas
Não deixe os chatos, os pessimistas, os desanimados desmotivarem. Só um perdedor, pode dar ouvido a outro. Acredite no seu potencial.

10- Faça o marketing, usem mantras de 3 palavras, planejem., façam a curva e não deixem os idiotas lhe desmotivarem. Lembre-se que as pessoas são mais parecidas que diferentes no mundo todo.