terça-feira, 26 de agosto de 2008

É preciso alinhar as empresas no mesmo sonho

* Rodrigo Cogo

“As marcas, assim como as pessoas, têm temperamento. A maior burrice empresarial é buscar aquilo que não é, só baseado em pesquisa”. Com esta sentença, o publicitário Nizan Guanaes, presidente da África e sócio majoritário do ABC (maior grupo brasileiro de comunicação e um dos 30 maiores do mundo com 14 empresas em diferentes segmentos), deu início a uma série de questionamentos e postulados que, afora arrancar gargalhadas da platéia, também pode ter servido para muita reflexão. Com o status de ter acabado de receber o prêmio Empreendedor do Ano da Ernest&Young, acredita que a comunicação deva externar verdades em tudo que se faz, até porque inclusive a arquitetura do prédio onde se está expressa valores. A comunicação precisa do mundo empresarial para fornecer dados, e por isto deve haver uma aproximação com a antropologia e outros estudos da sociedade. “É preciso trabalhar com cenários mentais além da pesquisa, porque as pessoas respondem dentro de contextos, não necessariamente a verdade”, pondera.
Guanaes entende que é necessário um alinhamento da empresa em torno de um sonho, e um sonho bem grande. Daí, se os funcionários acreditarem nisto, com valores comungados por todos, o negócio pode ter sucesso. Mas as pessoas não pensam diferente porque estão sempre ocupadas e falta tempo pra pensar. Segundo ele, “pensar fora da caixa” não significa pensar coisas estranhas, mas sim propor o óbvio, e para isto é interessante chamar pessoas de locais e setores distintos, com outras inteligências, ainda que respeitando os códigos de cada área de atividade. Assim, vê a volta do senso comum, da simplicidade, da clareza, da “despasteurização da comunicação”.
O diretor de Meio-Ambiente da Tetra Pak América Latina, engenheiro químico Fernando Von Zuben, mostrou os esforços do trabalho em educação ambiental e coleta seletiva da empresa, inclusive articulando estruturas municipais do Governo para atender esta crescente conscientização cidadã. Segundo ele, os projetos acabam interferindo positivamente no crescimento de cooperativas de coletores. A empresa fez um site baseado no Google Maps para que as pessoas encontrem pontos de coleta mais próximos, porque entende justamente sua posição de exemplo e intermediação, ai incluindo as 50 toneladas diárias de caixas recicladas em usina própria. Ele falou ainda do manejo sustentável de florestas para produção de papel a longo prazo, afora o fato de árvores reduzirem o aquecimento do planeta.


* Texto parcial e especial para o Oras Blog!, com cobertura do RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674 - Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas
O texto todo estará disponível no portal, depois do dia 27/08.

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