segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Sustentabilidade é um modo de agir
* Rodrigo Cogo
Melhorar a imagem institucional por meio de ações de responsabilidade social, utilizadas como ferramentas para incluir a sustentabilidade na agenda das organizações. Esta foi a idéia central de conferência organizada pela IBC - International Business Communications (www.informagroup.com.br) no dia 4 de novembro de 2008 no Hotel Quality Moema em São Paulo/SP. Foram sete relatos de experiência com as perspectivas e novas práticas na área, reunindo uma platéia de quatro estados distintos.
Coube ao advogado Antônio Carlos Araújo, da Editora Trevisan, falar sobre o cenário que leva as empresas a investir cada vez mais em causas sociais, visando a manter empreendimentos saudáveis. ....
A responsabilidade social empresarial teria então algumas pressões externas: as leis (legislação ambiental, trabalhista, Código de Defesa do Consumidor, Sarbannes-Oxley, Princípios do Equador), as sociais (aumento do consumo consciente, crescimento do conceito de cidadania, atuação das ONG’s) e ainda aquelas originárias do ambiente de negócios (movimento internacional de fusões e aquisições, concessão de crédito vinculada a critérios de sustentabilidade, postura mais ativa dos investidores institucionais, seletividade sobre rede de fornecedores). De uma abordagem anterior em que a idéia era assegurar lucro transferindo ineficiências ao preço do produto, descartar resíduos de maneira mais fácil e econômica, protelar investimentos em proteção ambiental e cumprir a lei no que seja essencial, evitando manchar a imagem, o que resultava numa visão de meio-ambiente como área-problema, a sociedade atinge outro nível de maturidade. Agora, a proposta é assegurar o lucro controlando custos pelas perdas e ineficiências, valorizar e maximizar a reciclagem, destinar corretamente os resíduos, investir em melhoria de processo e da qualidade ambiental dos produtos, antecipar-se às leis, projetando uma imagem avançada, com uma visão de meio-ambiente como oportunidade.
CASES – Sérgio Serapião, diretor executivo da Via Gutenberg – consultoria de desenvolvimento social e educacional, relatou o trabalho feito para a Mapfre, uma cooperativa agrícola espanhola que tem negócios na área de seguros, sendo a maior da América Latina e a terceira do mundo. Ele enfocou as soluções encontradas para viabilizar financeiramente um programa de responsabilidade social corporativa com resultados visíveis. O Global Business Barometer do jornal The Economist, em 2007, apontou falta de alinhamento conceitual na área entre organizações mundiais. A ausência de parâmetros avaliatórios é outro emperramento para a valoração do tema, que se torna alvo de corte na ocorrência de crises. Pesquisa da própria Via Gutenberg com os 50 maiores grupos privados brasileiros indica que 64% dão prioridade para o assunto, mas a difusão da terminologia também se constata (36% chamam sustentabilidade, 34% responsabilidade social empresarial e 30% para outras várias possibilidades). Ele aposta no termo “Responsabilidade Social Corporativa” como resposta corporativa, com fins lucrativos, a questões sociais e ambientais provocadas por atividades primárias ou secundárias da empresa, num conceito alinhado ao International Institute for Management Development/IMD, da Suíça.
* Texto parcial do artigo do RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674 - Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas. O texto completo estará no portal a partir de 27/11.
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