* Rodrigo Cogo
Hoje as produtoras, os meios de comunicação, as empresas e as pessoas estão na mesma arena de contação de histórias, competindo por atenção. O desafio é encontrar um ponto de equilíbrio para entregar conteúdo relevante sem deixar de ser envolvente. Estimativas indicam que até 2011, cerca de 25% das produções na internet terão sido feitas por pessoas comuns, com forte prevalência da linguagem audiovisual. Estas foram algumas das conversações entre especialistas desenroladas durante o Digital Age 2.0, em sua versão 2008, nos dias 1 e 2 de outubro no WTC em São Paulo/SP.
Juarez Queiroz, CEO da Globo.com, não hesita em afirmar que é um fenômeno novo que muda o que se fazia, numa nova lógica de marketing, produção e veiculação. Mesmo que a programação completa e histórica do canal esteja num portal de vídeos desde 2003, a necessidade de recriação é constante para atender os novos interesses da audiência, que agora exige um nível maior de participação. Edmar Bulla, gerente de Marketing Digital da Nokia, concorda e acrescenta: “o mundo mudou. É um novo poder que não podemos descartar, com múltiplos produtores de conteúdo. Começa uma erosão dos grandes portais da mídia. O consumidor é co-criador”. O sócio e produtor executivo da produtora digital Colméia, Eduardo Camargo, sugere que o raciocínio na nova era esteja centrado na produção para nichos, porque se vê uma massa cada vez mais crítica e focada nos seus interesses, e por isto requisitando personalização de temas e formatos. Neste caminho, empresas como a GM anunciaram que até 2011 cerca de 50% do seu investimento vai estar na internet, e a Rede Globo lançou experimentalmente o Canal F, com o programa Fantástico em formato diário exclusivo pela rede...
REDES SOCIAIS – Danah Boyd é chamada pelo Financial Times nada menos de “sacerdotisa das redes sociais”. É uma das principais autoridades internacionais no estudo de como as pessoas usam comunidades online. Aconselhou uma série de empresas sobre mídia online, incluindo Google, Intel, Yahoo! e Tribe.net e esteve pela primeira vez no Brasil. Ela iniciou sua palestra falando da diferença de significado do tão usado termo “web 2.0” dependendo do público. Para profissionais de tecnologia, significa uma mudança na estruturação dos softwares, que são permanentemente “beta”, em transformação com construção coletiva, acessíveis pela internet sem exigência de instalação. Para profissionais de marketing, seria uma nova possibilidade de gerar negócios. Para os usuários, significa a interação e a sociabilidade, de maneira desterritorializada e por isto potencializada. Como síntese, Danah fala que é uma convergência ampla de interesses e de amizades, daí que as redes sociais são a proposição mais significativa nesta perspectiva.
* texto parcial do RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674 - Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas
O texto todo estará disponível no portal amanhã, dia 16/10
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