terça-feira, 6 de maio de 2008

Publijornalismo

E não é que Carlos Chaparro tem razão. As vezes nas discussões sobre Assessoria de Imprensa (trabalho de RP ou jornalista?), eu teimo em defender AI, como função de RP, porque na minha visão, jornalista trabalha com notícias e fatos e não com factoides, criação de fatos.
Mas eis que lendo o artigo de Chaparro sobre a revista Serafina da Folha de São Paulo, ele faz críticas ao jornalismo de menos e publicidade demais que a revista traz. Aliás, se aprendi certo, publicidade são matérias espontâneas, não pagas. O que li está mais próximo de propaganda mesmo.
E agora coleguinhas?

3 comentários:

Unknown disse...

Cara "coleguinha"

A função da Assessoria de Imprensa não é criar factóides. Isto destruiria a credibilidade do cliente e publijornalismo é apenas o jornalismo assumindo que pode ter conteúdo publicitário. Isto sem perder suas características de apuração, isenção e ética.

Anônimo disse...

Mas Paulo, se é conteúdo publicitário como vc diz que tem isenção? não tem.. tem interesse de divulgar algo em que está capitalizando.Há sim parcialidade nisso. Ética eu até concordo, mas apuração não.. que apuração? não teve que correr atrás da notícia ela veio embaladinha no job. ;D
E sobre AI, sei bem que vai além de fatos e factóides, mas fica a dica.

Unknown disse...

Marcia,

O publijornalismo é diferente de um informe publicitário. O trabalho não vem embalado, cabe ao jornalista apurar e apresentar o produto ou serviço ao leitor. É controverso claro. O repórter pode minimizar o lado ruim, por exemplo. Mas existe apuração, pauta, fontes e todas as características que transformam um fato em notícia.
Especificamente quanto à isenção, o jornalismo, mesmo o tradicional, tem de conviver com o interesse comercial do veículo e procurar ser isento - no caso do publijornalismo, não podem ser inventadas ou aumentadas as qualidades do produto ou serviço. É um paradoxo do qual não se pode fugir, resta conviver.