* Rodrigo Cogo
Memória institucional é voltada para o registro, a sistematização, a preservação e a divulgação da memória das organizações públicas e privadas. É uma área que acredita na história das organizações como parte da memória do país, e portanto deve ser disseminada. Esta foi a base de novo curso desenvolvido na ABERJE que atualmente reúne expertise das Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, Branding e Comunicação Organizacional realizado no dia 21 de maio de 2009 na sede da entidade em São Paulo/SP. O tema “Memória - Ferramenta de Comunicação, Conhecimento e Gestão” foi tratado pelas historiadoras Cláudia Leonor e Márcia Ruiz para uma platéia de profissionais de cinco estados brasileiros.
Márcia assinala que a memória é, por excelência, seletiva e parte do que teve um significado mais marcante. A narrativa então é traçada numa história contida na memória. E acresce: “história é como organizamos e traduzimos para o outro o que filtramos em nossa memória”. Ao olhar para o passado, o contexto presente influi na narrativa e, por isto, pode haver diferentes histórias de um mesmo fato ou pessoa ao longo do tempo. Não existiria portanto “verdade absoluta” na área. “O historiador ajuda a organizar a memória. E o material escrito ou gravado passa a ser fonte histórica. Do conjunto de memórias se faz a história. E a história constrói o futuro”, arremata Cláudia. A desvalorização das histórias de vida comum decorre em parte do próprio conceito educacional em história como disciplina, que incentiva o estudo dos grandes acontecimentos e de seus heróis. O registro do cidadão ficava desmerecido até há poucos anos, e a história oral busca preencher esta lacuna ao reconstruir cenários. Márcia aponta que “a história era contada pela verdade de quem tinha poder”.
A memória cumpre funções essenciais, como continuidade, identidade e estabelecimento de padrões. Não é diferente com as organizações, que precisam criar a cultura de registrar, transmitir, salvaguardar valores e conhecimentos. Neste caminho, busca-se a história das pessoas como indivíduos, em grupos sociais e na empresa, num encadeamento de situações que mutuamente se influenciam. A empresa também é feita de histórias de vida de sua equipe, além dos lastros de sua trajetória. “A história é uma ferramenta estratégica de gestão de pessoas e de comunicação”, assinala Márcia. “Não é fazer história pela história”, complementa Claudia, para quem a memória pode fazer transformação social...
* Texto parcial do RP Rodrigo Cogo - Conrerp SP/PR 3674 - Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas. O texto todo estará disponível no portal a partir desta semana.
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