terça-feira, 1 de julho de 2008

Relações Governamentais: muito além do lobby

* Rodrigo Cogo

O interesse pela área na entidade não é novo. Desde os anos 80, especialistas como Said Farhat – que veio a escrever o livro “Lobby – o que é, como se faz” editado pela entidade recentemente – convivem e interagem com os comunicadores para formar equipes mais qualificadas para o desafio. O diretor-geral da ABERJE e professor da ECA/USP Paulo Nassar, ao dar boas-vindas às mais de 40 pessoas presentes, assinala que o tema é realmente transversal e que todo o intercâmbio com diferentes saberes deve ser bem-vindo para formatar melhores condições de tratar as múltiplas demandas e interfaces do relacionamento político. “A área de Relações Governamentais, além de ser estratégica para as empresas, é em termos de carreira profissional, o segmento do mercado de trabalho mais promissor. Os profissionais trabalham no âmbito das direções organizacionais e têm os melhores salários da área”, assinala. O trabalho no Comitê vai ser coordenado por Leandro Machado, gerente de Relações Governamentais da Natura Cosméticos, que complementa: ”A profissionalização da área dentro das corporações se faz absolutamente necessária e a ABERJE está investindo nesta que pode ser a peça que faltava na gestão sustentável: o lobby responsável”.

A George Washington University é a instituição mais reconhecida em Relações Governamentais do Estados Unidos. Seu diretor do Programa de Governança da Graduate School of Political Management, Luis Raul Matos, foi o convidado para falar das bases do conteúdo programático do treinamento e dar o tom da relevância das discussões. Ele, que também integra o corpo docente que vai estar no Brasil nos dias 7, 8, 21 e 22 de novembro de 2008 (ver detalhes no box abaixo), foi Ministro das Finanças, Senador e membro do Congresso na Venezuela, além de ter atuado como diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Sua experiência indica que política precisa estar na base dos processos decisórios e sua abordagem de ensino, além da cientificidade, tem que estar embasada num espírito prático. “Temos que trabalhar a política através da comunicação”, resume.

Como ele fala em interação, também trata de estratégia. Fazendo um paralelo com os jogos de futebol e as diferentes articulações entre os jogadores dependendo da nação, aproveita para indicar que a intuição é um componente também importante. Todavia, precisa ser gerenciada para consistir em vantagem. Ademais, Matos diz que ao falar em política, é preciso ver que a emoção estará sempre presente. E destaca: “mas a política não é aquilo que se fala, mas aquilo que se escuta. A história e a cultura têm um papel importante sobre como saber ouvir”, num enfoque válido tanto para a ênfase no Governo quanto para o trabalho focado nas comunidades....

* Texto parcial e especial para o Oras Blog!, com cobertura do RP Rodrigo Cogo – Conrerp SP/PR 3674 - Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas. O texto completo estará disponível no site depois de 07/07

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