terça-feira, 27 de julho de 2010

Mídias Sociais: o começo ou o fim da mídia?

Com esse título provocativo a APP Bauru*, realizou hoje um fórum de debates sobre os novos caminhos da mídia.

Ao chegar no SENAC, sede do evento, descobri que a palestra seria transmissão simultânea da APP São Paulo. Na verdade, é o 20º Fórum de Debates organizado pelo APP (Associação dos Profissionais de Propaganda)e ocorreu no auditório do Grupo de Mídia de São Paulo.

Os debatores foram:
  • Jorge Did - Diretor do Google
  • Cris Rother, Diretora Executiva do Ibope Nielsen Online;
  • Brenda Fucuta, Diretora do Núcleo de Comportamento Feminino da Editora Abril;
  • Felipe Santos, Diretor de Mídia Digital da agência Africa e Membro da Divisão de Comunicação do Grupo de Mídia;
  • Maurício Tortosa, Consultor

    O debate iniciou com uma breve exposição de Cris Rother, sobre alguns dados do Ibope:
    - O Brasil tem 103% de crescimento na internet
    - 86% de penetração nas redes sociais, ficando atrás da Austrália e Itália, países mais atuantes nas redes sociais
    - As classes C, D e E representam 51% nas redes sociais
    - A palavra que representa essa nova mídia é share - vivenciamos a cultura do compartilhamento

    Em seguida tivemos a fala de Felipe Santos, da África. Ele focou mais em sua experiência com o Facebook, a mídia que mais se destaca nos EUA.
    Achei interessante que ele contou que o Facebook surgiu como informação local e com o objetivo de conexão. Sei bem que Mark Zuckerberg criou o Face, para os amigos de escola.

    Bruna Fucuta, foi a próxima com o case Capricho da Editora Abril. Mostrou como as mídias sociais ajudaram e tem ajudado a publicação bater o recorde de tiragem dos anos 90.
    OBS: meu único senão da palestra. Bruna não parece vivenciar o ambiente das mídias sociais na Abril. Posso estar enganada.

    Jorge Dib, um dos bons debatedores do dia, falou do poder do usuário nas redes sociais, da produção de conteúdo pelo usuário e que a informação se transforma em indicação e como consequência, relevância nas redes.
    Dib chamou a atenção para tomarmos cuidado com o nível de propaganda nas redes, devemos ser o menos invasivo possível para não perder audiência/usuário ou seguidores.Ele sugere que as ações criadas sejam interativas, com a opção do usuário passá-la para a frente ou não e deu exemplo da ação no Orkut, com propaganda quando ele faz o log off da conta. Essa ação deu um excelente resultado e o Google/Orkut está sem espaço para novos anúncios até o final do ano.

    Maurício Tortosa, que para mim, junto com Jorge Dib foi o melhor debatedor do dia, falou sobre fatores como privacidade nas redes, a influência que o consumidor exerce sobre percepção de marca e a fragmentação da mídia pelos novos modelos.
    Tortosa citou que nas redes sociais, o principal é a necessidade de engajamento da marca com seu consumidor (love brand) e que as marcas devem agir com inteligência de marketing social, monitorando, analisando e tendo insights.
    A última explanação de Maurício foi sobre as três variáveis que imperam nas mídias sociais: 1- quantas pessoas são atingidas/impactadas pela informações; 2 - a credibilidade que se adquire nas mídias sociais e 3- a relevância que a soma dos dois fatores resultam.


    O evento foi o primeiro simultâneo da APP Bauru, mas sugeri ao Diretor Edmilson Cabelo, que em um próximo realizemos debates locais com o público participante.
    Outro detalhe legal do evento é que foi beneficente, a entrada foi um kilo de alimento não perecível.

    Quero mais palestras!


    * O site está sendo reformulado.

2 comentários:

Ana Carolina Pacheco disse...

Márcia,
Gostei do seu blog. Parabéns!

Marcia Ceschini disse...

Oi Ana,

obrigada pelo comentário. Pena que não tenho como contatá-la a não ser aqui.
Abraços